Esse design de headset XR2 é essencial para a visão da Qualcomm de realidade mista 5G
O Snapdragon XR2 foi anunciado em dezembro passado, como a principal plataforma da Qualcomm para dispositivos de realidade mista XR. O design de referência do headset, entretanto, tem como objetivo definir um plano para os parceiros de hardware entrarem em produção.
"O design de referência, sempre o vemos como um catalisador para que nossos clientes entrem no mercado", explica Hugo Swart, vice-presidente e GM da XR da Qualcomm. Para o design de referência do XR2, o foco está em cortar ainda mais os cabos. Isso significa a adição de 5G - nas formas mmWave e Sub-6 -, bem como de 60 GHz sem fio para padrões como 802.11ay WiGig.
Há um solavanco no grunhido, é claro. Comparada à plataforma Snapdragon 835 Mobile XR, a Qualcomm está citando o dobro do desempenho da CPU e da GPU, quatro vezes a largura de banda de vídeo e seis vezes o suporte à resolução. Até sete câmeras estão incluídas no design de referência, duas das quais apontam internamente para o rastreamento ocular.
Quatro câmeras externas lidam com experiências de realidade mista e rastreamento de cabeças. O suporte para uma sétima câmera é flexível, para que os parceiros possam fazer o rastreamento facial e labial, por exemplo, ou o controle do controlador. Quanto aos monitores, embora o XR2 possa alimentar painéis de resolução dupla de 3K - um para cada olho - a Qualcomm optou por painéis de 2K, pois estavam mais disponíveis.
Um emissor de infravermelho é usado para rastreamento manual, e há suporte a comandos de áudio e voz 3D. O controlador 6DoF e o rastreamento periférico também são suportados, e o sistema de rastreamento ocular do Tobii é usado para renderização otimizada. Isso permite que o poder da GPU seja focado em oferecer a melhor qualidade onde quer que o usuário esteja realmente olhando para o momento.
Por cortesia do modem Snapdragon X55 5G, o design de referência XR2 pode ficar online sem WiFi ou amarrar. De acordo com Swart, da Qualcomm, a empresa está vendo um aumento no interesse das operadoras que desejam fazer XR móvel acima de 5G.
"O que fazemos é distribuir a computação entre o fone de ouvido e um host", explica Swart. Como alternativa, o suporte sem fio a 60 GHz pode permitir uma conexão direta no estilo WiGig com um PC próximo, o que pode fazer processamento extra em experiências de realidade mista. Como os fabricantes adotam essa flexibilidade fora do controle da Qualcomm, apesar de surpreendentemente pressionar o 5G.
Os fones de ouvido baseados em XR2 coexistem, em vez de substituir, dispositivos baseados em XR1. De fato, Swart diz que a Qualcomm ainda espera que o hardware baseado em XR1 seja lançado este ano, mesmo quando os dispositivos XR2 chegarem em 2020. Embora o design de referência principal do parceiro Goertek pareça um headset VR bastante genérico, a empresa também apresentou um substituto que se assemelha mais a um HoloLens, com lentes claras e telas transparentes.
Via: Slash Gear
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