Pesquisa em solo marciano poderia levar a novos antibióticos
Esses compostos podem ser tóxicos para os seres humanos porque altas doses do produto químico podem inibir a absorção de iodo pela tireóide, entre outras questões. Pesquisadores do Instituto de Biologia da Universidade de Leiden, na Holanda, começaram a construir uma bactéria que poderia degradar o perclorato para cloro e oxigênio. Como parte desse processo, a equipe precisava saber se a nova bactéria se comportaria da mesma maneira em Marte, em gravidade parcial, como acontece aqui na Terra.
Os cientistas reproduziram a gravidade de Marte usando uma máquina de posicionamento aleatório. Essa máquina muda continuamente sua orientação aleatoriamente, de modo que os itens colocados dentro não têm chance de se ajustar à gravidade constante em uma direção. A máquina pode simular a gravidade parcial em estágios entre a Terra normal e sem peso.
O impulso para a medicina na Terra vem das bactérias que crescem em gravidade parcial, sendo enfatizadas pelos resíduos acumulados em torno deles que a bactéria não conseguiu se livrar. O impulso aqui é que, quando os micróbios da família Streptomyces são estressados, muitas vezes começam a fazer antibióticos. A equipe observa que 70% dos antibióticos que usamos hoje são derivados de Streptomyces.
Cultivar as bactérias na máquina de posicionamento aleatório pode levar a antibióticos que nunca vimos antes e que as bactérias não teriam imunidade. A descoberta é um grande negócio porque encontrar novos antibióticos é uma das áreas mais importantes de pesquisa no campo da medicina.
Via: Slash Gear
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